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O Chinês Feliz

Blog sobre duvidas existencias como decidir quem come o último brigadeiro, como influenciar amigos e fazer pessoas e qual sabão em pó tem a propaganda mais pentelha. Patrocinado pela lavanderia do Chinês Feliz. Apoio FUNDAÇÃO LAO TSE TSE para o bem-estar de Lao Tsé Tsé.

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Local: Rio de Janeiro, Brazil

terça-feira, fevereiro 28, 2006

a estória do mundo 6

capítulo seis

Houve, a partir de meados do séc. XVIII (1750) uma onda de revoluções nas então estabelecidas monarquias. Os americanos, cansados do julgo inglês e das piadas do Monty Python (que eles não entendiam) resolveram jogar um monte sacos de chá no mar (E uns ingleses amarrados neles) e partiram para a porrada. Logo depois, começou a pipocar em outros lugares do mundo uma penca de revoluções, sendo a que causou mais vítimas a do RPM-Revolução do Pseudo-Músico (que além de não revolucionar nada, ainda não casou com a gracinha da Luciana Vendramini e acabou gravando uns discosinhos bregas pra dedéu, abertura de reality show, essas porras). Mas a mais importante das revoluções ocorridas foi a chamada “Revolução Francesa”, que, como as francesas que vinham trabalhar aqui no Brasil, foi puta legal. Tudo começou por causa das relações aristocráticas/burguesas, que causavam a exploração do homem pelo homem, segundo Marx (não o Groucho, aquele outro); ou, segundo uma visão mais recente, foi fruto de um pequeno mal-entendido das palavras de Maria Antonieta, incitando a população a comer brioche. François Breouche, eminente líder comunitário e espada-matador , não gostando nada da história, pegou em armas e mandou brasa na aristocracia. Na França de então, existia uma divisão nas decisões relacionadas aos rumos do país que era feita por uma tríade dos chamados “três estados”. Os três estados eram três e, segundo a concepção da época, serviam para representar diferentes interesses importantes na nação. Eram o Clero, a Aristocracia, e o Povo. Por um descuido histórico qualquer, a igreja, que normalmente agia de acordo com os interesses da população (e você aí, não ria), votava sempre com a Aristocracia, enquanto o povo se ferrava. Como conseqüência, a burguesia, sempre muito preocupada com os desígnios da nação e com o bem estar do povo, além de só um pouquinho preocupada em pagar menos impostos e encher a burra de dinheiro (não existiam cofres na época e os animais fêmeas de carga tinham mais de uma função), promoveu as bases teóricas para a revolução. Assim, Breouche, Robespierre, Danton, Asterix, Obelix e Ideiafix uniram-se em grandes aventuras pelo reino em busca de coalizão. Em 14 de julho conseguiram, com forte apoio popular, derrubar a Bastilha (espécie de World Trade Center francês) e o regime aristocrata, que além de cruel, não permitia uma dieta ricamente balanceada de proteínas e carboidratos sete dias por semana. Apesar de deixar a população magra e em forma, era menos popular que o regime de Hollywood. Assim, formou-se uma nova organização política, com o direito ao sufrágio universal e com uma divisão nas idéias políticas de então. No Senado, sentavam-se à direita os girondinos (pró-alta burguesia), à esquerda os jacobinos (mais populares) e no centro estava o FHC, representante do Real. FHC, que aliás estava estudando em Sorbonne devido a um mal-explicado auto-exílio, era chato e ninguém dava a mínima para ele (bons tempos). parte B - o início do fim: François Guilhoutine, inventor da Ghilhotina, era uma pessoa com a cabeça no lugar. François Danton (por algum tempo) e outros líderes revolucionários também, mas a alegria não durou, tornando-se vítimas do mais eficaz aparelho de barbear jamais inventado. Diziam que era um método indolor de eliminar gente, e como ninguém voltou para contradizer isso, deve ser verdade. O Primeiro corte fazia Tchan, sem a necessidade do segundo tchun e muito menos do tchararan, e revolucionando a forma de se fazer a barba neste país.

Entre as vítimas do aparelho estavam ainda François Desodurrant (inventor do desodorante aerossol), François Miterrant (antepassado do estadista francês) e Gerald Depardieu, por ser o único francês que não se chamava François (o que obviamente o colocava a favor da aristocracia), além de ser a cara do Danton (não o Melo, aquele outro) e, estranhamente, do Obelix Todo e qualquer um que apoiasse um nobre conhecia um lado pouco afetivo dos revolucionários, que antes de matar os compatriotas, davam um beijo francês, só de sacanagem neles. Como os outros países temiam desordem em seus próprios locais, criaram um monte de exércitos e de desculpas esfarrapadas, e atacaram a França.
Uma nova elite, a dos Chefs de Cousine, entrou em cena e apoiou Napoleão, que além de ser um sujeitinho asqueroso, era anão (e todos sabem a fama dos anões) e comia pouco, razão pela qual apoiava a Nouvelle Cousine (cozinha de novela) onde não havia muito o que se comer, mas se arrotava grandeza. Por causa disso, Napoleão tinha gastrite e estava sempre com a mão no estômago. O chamado “Golpe Nove do Termidor” (podem olhar nos livros, o nome era esse mesmo), além de parecer título de um filme do Ed Wood, foi realizado quando eles enviaram lagostas ninja à Tremidor para eliminar a concorrência e os líderes revolucionários que ainda sobreviviam. Napoleão, depois de não conseguir traçar a gostosa da Desireé, acabou fornicando com a jaburu Josefine, que inventou o hábito do leque para esconder o fato de ser banguela (fato triste, porém real). Ela também seguia recomendações do baixinho, que pedia a ela não tomar banho uma semana antes de ele chegar. Como Napoleão era sempre surpreendente e podia chegar de uma de suas viagens a qualquer momento, melhor era não tomar banho nunca. Delicia. Por causa disso, o restante da Europa, que também não era chegada em banho, mas tinha nariz (menor que o do Depardieu, é verdade), pegou em armas e acabou com a alegria Napoleônica. Napoleão, alias, só perdeu por três motivos:
1) guerra no inverno russo: perdeu vários homens por lá;
2) guerra com a Inglaterra, que, com o Almirante Nelson e o Submarino Civil, fez estragos consideráveis aos franceses;
3) Não ter acabado com a Família Real Portuguesa quando pôde. Isso não ia interferir tanto assim no seu império, mas, mesmo assim, fica a sugestão. Acabou-se a Revolução Francesa que, além de influenciar os meandros políticos do Séc. XIX, deu um monte de idéias aos mineiros (de Minas Gerais), que criaram a Inconfidência Mineira, com o lema “Libertas Quo Sera Tamem” (Libertas Que Será Também...).
Fato pouco lembrado (principalmente pelos frenceses) é a de que a revolução Francesa é. Infelizmente, posterior à americana, o que significa que os franceses, além de terem sido menos bem-sucedidos (já que sua revolução acabou em uma ditadura), foram uma cópia da americana. Sacanagem, eu sei, já que a França é um pais bem mais legal que os Estados Unidos, mas verídico

The Devil Went Down To Georgia

(Charles Edward´s Band)

He was looking for a soul to steal
And he was in a bind'
Cause he was way behind
And was willin' to make a deal.

When he came upon this young man playing
a fiddle and playin' it hot
the devil jumped up on a hickory
stump and said,
"Boy let me tell you what:

I bet you didn't know it
but I'm a fiddle player too,
And if you care to take a dare
I'll make a bet with you
Now you play a pretty good fiddle boy
But give the devil his due
I'll bet a fiddle of gold against your soul
'Cause I think I'm better than you."

The boy said,
"My name's Johnny
And it might be a sin
But I'll take your bet,
your gonna regret
'Cause I'm the best that's ever been."
Johnny you rosin up
your bow and play your fiddle hard
'Cause hell's broke loose in Georgia
And the devil deals the cards
And if you win you get this shiny fiddle made of gold
But if you lose the devil gets your soul.

The devil opened up his case and he said,
"I'll start this show."
And fire flew from his fingertips
As he rosined up his bowAnd he pulled the bow across the strings
And it made an evil hiss
Then a band of demons joined in
And it sounded something like this

When the devil finished Johnny said,
"Well you're pretty good ol' son!
But sit down in that chair right there
And let me show you how it's done!"

Fire on the mountain, run boys run
Devil's in the house of the rising sun
Chickens in the breadpan, picking out dough
Granny does your dog bite?
No, child, no

The devil bowed his head
Because he knew that he'd been beat,
And he laid that golden fiddle
On the ground at Johnny's feet
Johnny said, "Devil, just come on backif you ever wanna try again.
I done told you once,
You son-of-a-bitch,
I'm the best that's ever been!"
He played:
Fire on the mountain, run boys run
Devil's in the house of the rising sun
Chickens in the breadpan, picking out dough
Granny does your dog bite?
No, child, no.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

capítulo 5: renascença

Houve a partir do fim da Idade Média uma revolução nos costumes europeus. Eles não tomavam banho ainda (em Portugal, isso é sério, chegou a ser considerado heresia uma época), mas pelo menos começaram a usar talheres nas refeições.Isso aconteceu porque os burgueses começaram a se mostrar mais e mais ricos e ascenderam socialmente.

Como forma de se diferenciar dos "novos ricos" a etiqueta passou a ser utilizada em larga escala pela nobreza. Assim, a diferença entre um burguês e um nobre em uma reunião social era que o aristocrata era elegante e levantava o dedinho para tomar champagne, e o burguês era um bronco que arrotava, se limpava na manga e tinha muito mais grana, fazendo os burgueses geralmente mais simpáticos aos olhos da corte.Os modos da idade média foram, pouco a pouco, caindo no vazio e no esquecimento. Os cavaleiros foram os que mais sofreram. Não adiantava neguinho dizer que tinha visto um dirigivel da Goodyear, por exemplo, ou ir no Gugu dizer que queria voltar a lutar justas no Corinthians, que necas de alguém dar bola.Cresce nesta época o protestantismo, que enaltece o trabalho e o lucro como direitos divinos. Apesar de priorizar a quem trabalhava e tinha lucros justos, muitos burgueses se identificaram com as linhas protestantes e se converteram ao mesmo.Houveram mulheres que faziam verdadeiras fortunas com a chamada "vida fácil", onde levavam envergonhados e culpados pais de família burgueses a quartos suspeitos e, quando eles relatavam seus lucros indecentes, elas davam um longo abraço e diziam que "tudo bem eles serem ricos".

Eram serviços mais procurados do que o das "damas da noite" *. Uma pouca vergonha! (A piadinha originalé do Douglas Adams, mas não resisti usar. Plágio também é cultura).Nem tudo no velho continente cheirava a podridão, e nem tampouco neste periodo a burguesia fede (principalmente porque os franceses se aperfeiçoaram na ilustre arte de fazer perfumes). Os assim auto-proclamados "iluminados" vieram com força total. Eram pensadores que viam trevas no modo de pensar das Idade Média (também conhecida como Idade "mais ou menos"). Eles achavam que explorar a população no campo era ruim, razão pela qual propunham explorar a população nas cidades.Descartes, por exemplo, quando sua namorada ficava negando fogo, criou sua famosa frase "Prenso, logo insisto".

Os iluministas também tinham este nome pelas fogueiras que a igreja catolica e a protestante faziam deles quando eles propunham pensar coisas revolucionárias, tipo o planeta girar em torno do Sol, a terra ser redonda ou o Papa ser quadrado.Um outro movimento muito importante foi o das ancas índias peladonas nas novas terras, na era das grandes navegações. Haviam estupros e assassinatos, mas apenas como forma de demonstrar carinho aos nativos.

Os europeus, que eram e são um povo muito simpático e cristão, usava da Palavra para domesticar os incautos. A Palavra era "Atirem!" e assim a civilização européia se expandia pelo mundo. Europeu é tão bonzinho...!As chamadas "especiarias" vinham do oriente e eram revendidas com um lucro de uns 1000% aproximadamente (e olha que eles nem comercializavam o Windows já configurado).Devagar e sempre, os costumes foram sofrendo mudanças drásticas. A população em vez ignorante, ia ficando "ignoranti", em vez de ficar na miséria passaram a "ter ausência de capital de giro", ao invés de sofrerem torturas em calabouços fétidos sofriam "reorientações de conduta" em calabouços fétidos; e, ao invés de estar na pindaiba, estavam na "merd" mesmo.De tanto tomar no brioco, a população francesa se revoltou e carcou o rei e os nobres, dando início a alterações políticas e, principalmente, novas praticas sexuais.

No proximo capitulo de nossa saga pela estória do mundo:- "Napoleão tinha algo mole, e não era seu coração"!

Estória do mundo 4

capítulo 4: idade média
"A Terra é Redonda, mas está ficando cada vez mais chata..." (antiga cantiga medieval, redescoberta pelo Barão de Itararé).

Chegado é o momento em nossa mini-viagem virtual de estória, de falarmos de um retumbante momento estórico: a Idade Média! Também conhecida, posteriormente, por "Idade das Trevas", foi uma época cercada de religiões, heróis e heroínas, de reis, de princesas e de exércitos inimigos, cercando a moçada. A "Idade das Trevas" ganha este nome porque, por mau planejamento das autoridades de então, havia uma escassez enorme de hidroelétricas e o risco de um apagão era constante. É conhecida por alguns como a "adolescência da humanidade", motivo pela qual, acredita-se, as mulheres eram românticas, e os homens resmungões, mal-criados, psicopatas, meio porcos e sempre querendo o carro do pai.

Todo historiador sério acha importante conhecermos o período medieval. Eu, por exemplo, bombei a sétima serie só para poder saber duas vezes sobre ele: O que posso dize sobre isso é que eram períodos negros, então, com a vida humana sendo tratada com desprezo, crueldade e desdém, com perigos por toda parte, onde o convívio com pessoas semi-analfabetas era constante. Nesta época as pessoas eram avaliadas por suas posses e pelo mal-gosto. A falta de higiene era considerável e o tempo passa com imensa vagarosidade. Frustrante! Um novo mundo prestes a se abrir e você trancado numa droga de um lugarzinho fedorento, ao invés de sair livre traçando moçoilas. Este período também é conhecido pela incapacidade geral das pessoas pensarem e exercerem suas liberdades civis.
(Ainda bem que a oitava série foi mais animada!... )

Bem, voltemos a falar do período medieval, que também significa do sistema feudal cujos montantes de terra eram divididos em "Grandes Feudos", "Feudos Médios", "Pequenos Feudos" e “Feudos -Não Se Preocupe meu Bem, o Que Importa é o Desempenho". Eram a forma de organização política da época, sempre sob os auspícios (Blog do Chinês também é palavreado chique) da igreja. Era, obviamente, um pé no saco, pois na pratica, neguinho tinha de preencher guia em cinco vias e pagar lá no Banerj de Madureira (RJ), antes de ir de uma aldeia para outra.

Quem a tudo organizava a bagunça era "painho", chamado de Senhor Feudal, que, além de ter puxado muito saco real, era capaz de controlar sua população a mão de ferro. O Senhor feudal mais forte era chamado de Alto e Casto Monsenhor (ou ACM). Entre os seus direitos, estava o de passar a primeira noite com a vassala, na noite anterior ao de seu casamento. Isso, além de uma sacanagem, também era uma forma de mostrar aos seus súditos que eles iam se f... com o governo.

O Senhor Feudal tinha uma espécie de fixação, uma coisa dele, em mandar neguinho se ferrar em guerras idiotas. Eles falavam aos seus súditos e súditas que era para o bem deles, que não ia doer e nem nada, e daí dava aquela roubada toda.

Aliás, por falar em guerra, se havia um povo maluco por violência e morte eram os medievais. O arquétipo destas guerras impregnou-se nos genes e é liberado no transito de grandes cidades e nos jogos do "Curintcha". Guerreava-se por terras, por ódio, por posições na nobreza, por esporte, por motivos religiosos e por estar de TPM (Transtorno do período Medieval), que por sinal, acabava em sangue.

Uma famosa guerra foi a dos 100 anos, que duraram mais do que cem anos (acho que 127), mas os medievais eram burrinhos, mesmo, e, como não tinham mais do que dez dedos, perdiam a conta rapidinho. Além do mais, o marketing de um numero redondo é melhor, dá mais Ibope (é, já naquela época maquiavam-se as coisas)...

Também na Idade Média ocorreram as CRUZADAS. Eram demoradas, aborrecidas, inúteis e terminavam de forma cruel. Pelas mesmas características, batizou-se de PALAVRAS CRUZADAS aquela coisa pentelha que imprimem nos jornais de hoje, sempre acabando com uma coluna não se encaixando na linha correspondente.

Mas o que eram as cruzadas? Eram uma forma de ir encher o saco alheio com a desculpa de resgatar a terra santa. Para tornar agradável a idéia que ficar horas com a nádega grudada em um cavalo (puxando o saco de reis e nobres e tendo de ouvir menestréis tocando aquelas violinhas cacetes) revigorou-se a "Lenda do Rei Arthur", que buscava ao Santo Graal. O Santo Graal, diziam as lendas, tinha entrado em contato com Cristo por duas vezes e tinha poderes mágicos, como a de curar a todas as doenças, inclusive a dor de corno dos cavaleiros quando voltassem para suas damas após anos no exílio. A Terra Santa era o Graal dos medievais e para acabar com a doença que eram os crimes, Stallone Kobra foi chamado. Foi promovendo pilhagem e assassinato de milhões de bárbaros, no caso, mulçumanos, que as cruzadas se promoveram. Claro que os mulçumanos, que dominavam filosofia, astronomia, conheciam água encanada e banho, discordavam um pouco de quem eram os bárbaros, mas essa é outra estória. A única coisa boa das cruzadas foi a chamada "Cruzada das Crianças", que resultou em uma população de menos adultos imbecis, digno de um prêmio Darwin.

O melhor Prêmio Darwin (prêmio concedido a pessoas que morreram de forma estúpida, não deixando descendentes e contribuindo para a melhoria da espécie ao NÃO transmitirem seus genes), porém, foi para os que consideravam gatos coisas demoníacas e se recusavam a mantê-los, aumentando o numero de ratos e, portanto, a quantidade de transmissores da Peste Negra. Os gatos, que eram endeusados no Egito exatamente por comerem ratos e salvarem plantações, mereciam maior consideração!

Higiene Pessoal: na Idade Média? hehehehe! Banho? Nem pensar. Escovar o dente (o único que eles tinham)? Idem ! O modelo medieval de higiene era colocar a roupa de baixo do avesso.

Alimentação: era muito legal, neste período "estórico", almoçar ou jantar nos castelos. Muito legal se você fosse um cachorro, claro. Um cão podia roer ossos de galinha, podia comer restos de carne, dobradinha, rabada, buchada , big nac, e toda outra e qualquer comida que fosse considerada intragável ao paladar humano. Estas comidas eram jogadas para trás, literalmente, durante as refeições e os carpetes, depois de bem sujos, ao invés de serem lavados, eram jogados fora e incinerados. Os homens medievais, portanto, são os antecessores espirituais de todo homem solteiro contemporâneo.

Por falar em homens solteiros, seria de grande equívoco não citarmos o bastião, o motor do conhecimento e da vida das pessoas neste período: a Igreja Católica!!!

A Igreja Católica pregava a caridade e era tão ferrenha adepta da compreensão, que mandava matar quem não fosse compreensivo. Eram os católicos de então, ao contrario dos de hoje em dia, adeptos de todos os meios, mesmo que idiotas, para arrebanhar fiéis e aumentar a população, como, por exemplo, condenar a masturbação, a contracepção, o amor livre. Ela pregava o sexo no matrimonio com fins estreitamente procriativos (além do uso de desodorante para relações que não terminassem em desmaios) para que o rebanho crescesse. A sua palavra era lei e era de uma rigidez pentelha, mas pelo menos eles não tinham padres orelhudos em programas de auditórios, cantando salmos em cd e fazendo filmes de qualidade duvidosa, então. A assim chamada reforma protestante (iniciada por Calvino e por Lutero) também não resolveu os problemas da infelicidade humana, mas em compensação, ajudou a criar muitos problemas novos.

A idade média viu florescer as cidades, os assim chamados "burgos", onde os primeiros artesãos começaram a produzir artefatos. Nestas cidades surgiam, já, as primeiras universidades, onde o conhecimento humano ia sendo aprimorado. Como não havia cursinho, prestar vestibular era uma tarefa muito difícil, pois não tinha professor ensinando riminhas e a cola ainda não tinha sido inventada (Também não haviam aulas de história como esta, razão pela qual nem tudo estava perdido).

Houve o aumento do contato com o Oriente, de descobertas e aumento do rigor científico e de concepções monetárias e políticas que pregavam um estado mais unificado. Aumentou o comercio, um novo mundo foi descoberto (okay, os índios não acham que a coisa é bem assim), antigos valores discutidos e foi pro chão o modo de vida medieval, dando caminho para a renascença.

cenas do próximo capítulo:
Inquisidor Renascentista: - Você já leu o texto do Descartes?Jovem Cientista Esclarecido: - Eu não, mas o Gali LEU...! (ugh)

Chines Feliz vai ao cinema:

Como todos sabem, o cinema começou na China. Não em telmos técnicos, pois começou décadas antes no ocidente, mas sim na plática, pois os filmes de Bluce Jeans Lee é que leamente delam o pontapé inicial pala que esta industlia pelcebesse seu leal potencial.

Pois bem, assumindo que ninguém faz mais filmes como Bluce, levei honoláveis filhos ao cinema. Todos estudam (ou pelo menos dizem que estudam, quando convoco eles pala ajudalem poble e paciente pai lespeitoso a ilam ajuda a passa loupa) e tem aquela caltelinha de meia entlada.

Zelozo de sua educação, expliquei que é necessalio sabelem leconhecer a impoltancia do dinheilo e, como defendo que só sabemos algo quando peldemos essa coisa, eles pagavam a pipoca e a entlada de honolável pai.

Quis vê um filme de um diletô chinês, um tal Ang Lee já espelando muitos golpes de kung fu, mas qual: Ela um filme estlanho estlanho.
Tinha um machão que amava outlo machoa, jogava ele na palede e chamava ele de lalgatixa, e nada de explosões com dinamite, ou tlens amaldaos nos tlilhos em peligo quando uma mocinha vinha pela felovia soltando fumaça.

Mas educação é educação e pelmaneci no cinema com filhos abolecentes.
Concluo, entletanto, que não se fazem mais vaqueilos, filmes e chineses como antigamente.
Essa mania de coloca temáticas gays impede que filmes de macho, com colpos bezuntados sob um sol molene e claleie as peles, dando blilho a almas escaldantes e soltando fumaça.
Impede cenas de homens bligando com volúpia, se agarrando e se atlacando. Impede, enfim, que cinema de macho pelmaneça coisa de macho. Uma pena.

Sob esta expeliencia ploponho as seguintes meditações:
-Pol que o pleço da pipoca é tão calo em cinema?
-Pol que honolavel china não pode chamar vaqueilos de boiolas sem que filhos molam de velgonha no cinema?
-E pol que não passam mais películas de Bluce Jean´s Lee? Tinha diálogos tão inteligentes...

A estória do Mundo segundo Bruke Xields 3

GRÉCIA: Os Gregos já foram um povo menos idiota que os egípcios (cujos faraós, eram conhecidos como "Egypsie Kings, e cantavam musica cigana) pois não construíram pirâmides no deserto, até porque não moravam num deserto.
Se insistissem em fazer pirâmides no deserto, sem ter um disponível, iam se dar mal e não seriam considerados o berço do nascimento humano.

Diz a lenda que o primeiro filósofo foi Tales de Mileto, que era um comerciante de oliva e azeitonas, que em longas horas de ócio pensava sobre o mundo.Nasceu na cidade de Atenas, inimiga de Esparta (e todos sabem a fama dos espartanos), a brilhante figura de FÓCRATES, o SODÃO (ou algo assim). Ele foi o primeiro filósofo a se preocupar com a moral e com o ser justo e bom. Em 2.500 anos ainda não tivemos grandes progressos, mas isso não tira o mérito do rapaz.

Depois veio Platão, que acreditava que as idéias eram inatas ao sujeito. Tinha a língua presa, Platão, e era gago, tornando-se incompreensível, originando assim a expressão "está falando grego". Como todo mundo dormia em seus discursos e tinham vergonha de dizer isso, elogiavam para não ficar chato. De sua mania em dar como presentes seus discursos por escrito veio a expressão "presente de grego".Aristóteles, que falava de lógica, foi seu discípulo e grandes obras escreveu.

Aristóteles porém era um pouco distraído, e muitas de suas obras se perderam.Dentre as contribuições gregas para a humanidade, podemos citar o desenvolvimento de indústrias de pratos (negócio fértil por lá), filmes do cachorrinho Benji, estátuas desmembradas, Zorba (a cueca grega), inspiração de desenhos para os lucros dos Estúdios Disney, e, é claro, o berço do pensamento formal cristão, mas isso não é tão legal.As Olimpíadas, também surgidas na Grécia antiga, eram um momento de grande festa, principalmente porque não havia Galvão Bueno para narrar os Jogos. Nelas competiam jovens para provarem se eram cidadãos de ouro, prata ou bronze, recebendo prêmios nestes valores.

Os melhores mesmo dos eram os de Dólar.Das poucas canções que sobreviveram ao tempo restou o trecho do belo hino dos militaristas espartanos (e todos sabem a fama dos militares):Olha que espada mais lindaMais cheia de Grécia,É aço que vem, que vem lá da Pérsia,Fazendo a cabeça da galera dançar...Os Gregos tiveram na Macedônia o gênio militar de Alexandre, que conquistou o mundo antigo e criou no Egito a cidade de Alexandria. Nada como a modéstia, hamn? Os gregos foram atacados pelos romanos e dançaram, se vingando através da criação do churrasquinho grego, muitos milênios depois, vitimando milhares de italianos residentes no bairro do Bexiga, em São Paulo.

ROMA: Diz a lenda que Roma surgiu quando Rômulo, irmão de Remo, matou seu irmão e batizou a cidade assim em sua homenagem. Isso é que é amor fraternal. Os romanos inventaram a orgia (palmas para os romanos). Vem das orgias a origem da expressão "em Roma, coma os romanos".As orgias romanas era coisas bem legais para ir caso, é claro, você estivesse a fim de fortes emoções e tivesse cuequinha de aço à mão. Ao chegar em uma orgia, guardadores de bigas (no bom sentido) o aguardavam na entrada (no bom sentido) do local. Uma vez lá, você era conduzido a aconchegantes aposentos (no bom sentido), levados pelas mãos (no bom sentido) para se banhar (no bom sentido), vislumbrando depois mulheres maravilhosas, anões besuntados e cabritas (em vários sentidos), e começava a putaria (no melhor sentido), mas se algum anão chegasse perto ia ver só. Depois de comer... comer! E comer era jantar como um porco.
E depois, vomitar o que havia comido para comer mais e mais, e depois vomitar de novo... Humm, Ok, ok, esqueçam as orgias romanas!O circo romano era legal, pena que as pessoas de dentro do picadeiro não gostavam muito... Havia gladiadores, leões, cristãos (por pouco tempo), corrida de bigas e figurantes do Ben Hur e do Gladiador.O exército romano era “djóia” também, e eles levavam seus valores em qualquer lugar que fossem:-Se você estava na Galícia, eles levavam todos os seus valores de lá. -Se fosse na Fenícia também, e te deixavam na miséria.

O Império Romano caiu após perder um pênalti na Copa, virou missinha (digo, católico) e, com o auxílio de Carlos Magno e do padre Marcelo, começou a Idade Média.

Estória do mundo segundo Brooki Xields 1

Não é raro nos perguntarmos sobre a origem de determinadas coisas. Queremos sempre saber de onde veio ou para onde vai, o que está fazendo aqui e cadê os seus "adecumentos". Assim, nada mais certo que mantermos um registro sobre os fatos e eventos que ocorreram em um período, geralmente puxando a sardinha para o nosso lado. Shakespeare já disse que a vida é algo cheio de som e fúria, significando nada, e um engraçadinho já completou que, além disso, "... é também dirigida pelo Sylvester Stallone". Seja como for, a história tem grande importância para a humanidade, pois conhecendo a história, os erros não se repetem. Claro que a popularidade do Maluf e a releição do FHC estão aí para nos contradizer, mas teoricamente a coisa funciona. Sendo assim, nada mais importante que um registro sério e correto de nosso passado.

A lavanderia do Chines, consciente de sua função social, publica a partir de agora sua breve história do mundo, de forma que, com uma simples consulta, o jovem de possa deixar de estudar para a prova de amanhã e repetir a série por ter sido vagabundo e acreditado na gente. Se quiser encardenar os capítulos, venderemos uma pasta com tres versões ao final da coleção: a) com a cara do Marx fazendo beicinho atrás de um vidro, b) Um gravura de Luis XV todo vestido de branco em uma tempestade de neve e enfrentando um urso polar, ou c) Uma de George Bush Junior usando cuecas de bolinha e chinelos do Garfield, por apenas 20 'real', Quem não pagar receberá as três, impiedosamente.

Capítulo 1: A Pré-Estória (é ESTÓRIA e não HISTÓRIA, mesmo, viu?)Cientistas de rigor e seriedade fazem estudos, medem a idade por carbono e examinam múmias na neve (junto com a múmia de um urso polar) para avaliar como foram os primeiros passos da humanidade. Como nós não somos sérios e embolsamos a verba, vamos fazer umas pequenas aproximações para justificar os investimentos que o Guilherme Fontes andou fazendo.Pois bem, alguns dizem que o homem descende de primatas, o que segundo "Planet of Apes Magazine" é um absurdo. Na realidade, somos golfinhos que não deram certo e que nunca aprenderam a curtir a vida de verdade, o que explicaria por que nós paulistas somos farofeiros e por que aqueles seriados péssimos, FLIPPER e Homem do Fundo do Mar faziam sucesso até o início da década de oitenta, numa espécie de arquétipo marinho.De qualquer forma, saímos do mar, sem entender muito bem o que raios tínhamos ido fazer lá em primeiro lugar, e subimos nas árvores. Como não havia gilete descartável naquela época e depilação à cera quente dependia do fogo (ainda não descoberto), ficava fácil parecermos macacos.

Uma outra teoria diz que a humanidade começou em Portugal, o que explicaria não só os pêlos, como também as canetas encontradas proximas de onde eram orelhas em algumas escavações.A vida era muito difícil, cheia de perigos como leões ameaçando roubar todo o fruto de sua caça, como uma espécie de imposto de renda natureba, mamutes atravancando o trânsito e dinossauros perseguindo todo mundo.Os dinossauros, como todos sabem, eram um perigo tremendo para os homens das cavernas. Eles eram tão perigosos que, apesar de extintos continuavam perigosos. Outro perigo da época eram os vulcões em atividade, que sempre explodiam com os vales, como todos os filmes de Hollywood, ainda bem, nos ensinam tão bem. Segundo os mesmos filmes, os dinossauros eram de massinha ou lagartos atuais fantasiados.O Tacape era a moeda corrente. Em um restaurante, por exemplo, uma coxa de tiranossauro valia um tacape; asas de pterodátilos na manteiga, dois tacapes; sopa de tromba de mamute, 3 tacapes; acertar a garçonete com o tacape 4 vezes e levá-la semi-nua e desmaiadinha para sua aconchegante caverna... não tinha preço.

O Rock começou nesta época, mas como faltavam bons letristas e as gravadoras estavam com um prazo de uns milhõesinhos de anos para entrega dos cd's, a coisa desandou. O barulho do rock era causado por alguns desabamentos de rocha e pedra, mas as pessoas saíam menos machucadas do que quando vão em shows com a polícia comparecendo.Era comum as pessoas sentarem-se à volta de fogueiras para contar e ouvir estórias. Era uma espécie de ancestral das novelas e muito pouca coisa mudou, com a diferença de que, pelo menos na época, os argumentos eram um pouco mais elaborados e originais.A descoberta da roda revolucionou a sociedade de então, pois permitia idas aos shopping centers, esmerilhar com as gatinhas e claro, quando sobrava um tempinho, carregar mais alimentos, madeira, etc.

O fogo também foi uma invenção quente da época. Fazia o maior sucesso e agitava os embalos. Gerou a primeira piada (a piadinha do Tchu, que não sera contada aqui), mas em compensação, iluminava as cavernas à noite, mostrando a cara dos nossos tatara-tatara-tatara-avôs para as nossas tatara-tatara-tatara-avós, o que quase nos levou à extinção (ou "instinção", para vocês sabem quem), porque, convenhamos, eles eram feios de doer.Os primeiros animais foram domesticados e foram colocados para nos governar. A agricultura surgiu quando um ancestral cuspiu um caroço de laranja na terra úmida e percebeu que ali nascia, tempos depois, uma planta. Isso prova que meus hábitos de etiqueta em reuniões e festas de 15 anos não podem ser tão errados assim.O homem fixou-se na terra e progrediu bastante. Aprendeu a usar seu cérebro para imaginar armadilhas e estratégias; suas mãos hábeis para construir lanças e armas; e, claro, pernas para sair correndo quando tudo aquilo desse errado. Além disso, ia usando de seus eficazes instintos (ou "extintos" para a mãe de filho de roqueiro do ano) para não se meter em roubadas muito grandes, como saraus de poesias neolíticas.É verdade que o homem primitivo era um pouco marginal, sempre pintando aquelas pichações em cavernas, um horror (espero que as apaguem um dia), mas acabou desenvolvendo, com o tempo a escrita. É aí que saímos da pré-estória para a estória, propriamente dita!

Aguardem o Capítulo 2: As Primeiras Civilizações.

Estória do mundo aegundo brookie Shields 2

Capítulo Dois: As Primeiras Civilizações
É chamada de História a fase a partir da qual passam a existir relatos da humanidade em que havia, já, a escrita. Nosso breve, contundente e intumescido relato da Estória do mundo segue pela mesma via.

Cronologicamente falando, após a queda de Atlântida, continente místico e grande produtor de chanchadas antigas, o mundo presenciou, além de gibis do Conan, um monte de civilizações bizarras e esquisitas, das quais destacavam-se as que nos deixaram algum relato em argila ou papiro. As que não deixaram nem um bilhetinho ou recado na secretária eletrônica, nos recusamos a falar até que recebamos um pedido formal de desculpas!

MESOPOTÂMIA: foram os antigos povos da Mesopotâmia, que significa "Povo Entre Rios", os primeiros a deixarem algum registro por escrito em argilas. Escrever em argilas era um pouco complicado principalmente porque para os mesopotamiozinhos era um inferno carregar a mochila para a escola, precisando de uma multidão de escravos apenas para levar o livro infantil "O Natal de Mitra". Mitra, por coincidência, nasceu em 25 de dezembro, fato descoberto pela Igreja Católica quando queria que as pessoas passassem a ser cristãs. Coincidências. O mito cristão do "dilúvio" teve origem com este povo através das aventuras de Gilgamesh, que era o rei da cocada babilônica. Ele buscava a imortalidade, o que significa, para alguns estudiosos, a descoberta primeva de sua condição finita, não apenas do herói, mas de toda a humanidade. Para a gente isso significa apenas que ele não queria morrer. Os jardins suspensos da Babilônia eram uma espécie de Parque do Ibirapuera antigo. Muitas outras são as coisas que os mesopotâmios fizeram, mas não vamos falar mais deles, que argila faz uma meleca.

EGÍPCIOS: Os egípcios surgiram no Egito. O Egito se dividia entre o Alto e o Baixo Egito. Eles construíam pirâmides e eram narigudos (razão pela qual o nariz da esfinge caiu). Dizem os historiadores que eles eram um povo com forte conhecimento matemático e que acreditavam que a vida eterna dependia da conservação do corpo, razão pela qual criaram as múmias, a estética e a cirurgia plástica. Também é por esta razão que quando fazem propaganda de xampu usam uma mulher maquiada como egípcia, ou seja, ninguém conserva você com cara de múmia como um xampu egípcio. Nossos informantes nos dizem, inclusive, que as primeiras múmias estavam enfaixadas pela tentativas toscas de cirurgia plástica, que eles utilizavam. A única egípcia realmente bonitona era a Cleópatra, que além de ser a cara da Elizabeth Taylor (antes de parecer um camelo), era muita areia para o caminhãozinho (ou biga) do Júlio César. Não era demais para o caminhão (ou biga) do Ricardus Marco Antônio, mas que brincava de serpente com ela quando ninguém estava por perto (fora os escravos eunucos). Isso é que era sacanagem!
As pirâmides são um espetáculo à parte no Egito. Foram construídas por milhares de escravos que gentilmente doaram seu tempo e vidas para estas obras, recebendo generosas chibatadas em troca. Houve também muitas negociatas realizadas durante a arrecadação de verbas; denúncias afirmam que os faraós cobravam impostos faraônicos sobre elas. As pirâmides têm, como todos sabem, dois lados: o de fora, que parece legal, mesmo estando aos cacos, e o de dentro, que, tal qual as paredes das cavernas primitivas, foram grafitados por adolescentes da antigüidade.

Elas foram feitas para preservar as riquezas dos faraós a salvo de ladrões. Sua lógica era simples. Construir uma coisa colossal, quadrada e gigantesca no meio do deserto; encher de ouro e jóias; depois, esperar que ninguém pensasse em procurar lá pois todos diriam: "não, ninguém é tão burro assim...". Pensamento parecido aconteceu quando a CBF expôs a Taça Jules Rimet e guardou a cópia em um cofre. A história se repetiu, pois, uma vez mais.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Nós, os super-herois

Nós, os Super-Heróis:
Estúdio de televisão invadido por brutamontes vestindo roupa colante de bolas amarelas, além de uma capa marrom e botas laranjas. Ele arranca o microfone das mãos do âncora do jornal e o joga longe (o ancora, não o microfone) e começa a se explicar:

Viemos, por meio deste informativo declarar nossa insuportável condição de trabalho:
Nós somos super-heróis, e, portanto, os seres com o pior emprego que alguém podia ter no mundo (quiçá, do universo).
Nada de tíquete refeição, nada de vale transporte, nada de poder dar umas porradinhas no cara da frente que demora no caixa eletrônico sem que uma série de chatos dos direitos humanos caiam matando, nada de uma vida sexual saudável (camisinhas de aço custam os olhos da cara), nem mesmo uma capa nova de quando em quando.
Nossas modas não pegam (ou você já viu alguém que não um Super usando uma capa vermelha?), não temos salário e nem 13o. no fim do ano. Nem férias. Nem porcaria nenhuma.
Outro dia cara veio me trazer uma intimação dos filhos de uma velha que morreu atropelada por um bloco de concreto. Havia sido atirado em mim (o bloco, não a velha) pelo Homem-Picolé, com os ridículos dizeres “ Capitão Capa, chegou a sua hora de entrar em uma fria, hua hua hua” (Capitão Capa sou eu, triste, né?) O advogado da família tava me processando, alegando que eu havia me esquivado (literalmente) de minhas obrigações ao desviar do muro de concreto e tinha, assim, causado a morte dela.
Péra lá: Algumas coisas precisam ser esclarecidas antes de me levarem para um tribunal: Primeiro, QUEM pagava minha hospitalização? Segundo, porque cargas dágua a porra da mulher não saiu correndo ao ouvir gritos de pancadaria (o fato dela ser surda não deveria ser empecilho); e Terceiro, ONDE está o advogado dela agora, se ainda estiver vivo e não tiver sido despedaçado e jogado por sobre o Evereste? (falo metaforicamente, claro, se or acaso acharem pedacinhos dele espalhado pelo mundo não sei do que vocês estão falando).
Enfim, somos uns incompreendidos. Na televisão a psicóloga especializada em personalidade super-megalônomas, Dra. Lwpizkistraks (faça com que ela diga seu nome de trás para frente e ela irá para outra dimensão) afirmou que a baluarte feminina do combate ao crime, a, “Garota Raspadinha” (ela era ajudante do Homem-Picolé, até voltar suas forças para o Bem), na realidade é uma “vagabunda de roupas justas, sem o menor caracter”.
Olha: Roupas justas, tudo bem;Vagabunda, com certeza; mas ela tem caracter, sim, mesmo que ruim. Ela jamais faria mal a uma mosca (a não ser que fosse uma mosca que tivesse comido açúcar radioativo, com 2 metros de altura radioativa, de olhinhos esbugalhados e um tanto supresa com o resultado de sua dieta), nem JAMAIS se juntaria a alguém por motivos escusos, como se aproveitar de meu nome para aparecer em revistas e programas de auditório. É bem verdade que ela faz isso comigo, pó, mas ela é a minha vagabundinha, ok? E cheira bem! Melhor que o capitão Carniça, por exemplo.
De mais a mais, cansa também esse negócio de identidades civis com nomes começando pelo mesmo som, como “Clark Kent, Peter Parker, Bruce Banner, etc”. É ridículo. Nome de Macho é Teotônio Almeida, Valêncio Orvalho, Mastenor Silva, coisa assim.
Nem fica bem esse negócio de duas identidades: Outro dia o Salteador Rugoso ficou rindo do Homem-Cabide dizendo “Ahá, saiu do armário, heim, hehehehehe”. O coitado ainda ta desconsolado, pó!
E os nossos nomes de guerra? Mais coisa de boiolinha: “Capitão Frango”, Super-Tição, Gladiador das Trevas, Major Purpurina, Mestre das Obras Místicas, etc”. Nome de super devia ser “El Fornicador”, “Vem pro Bucho”, “Capitão Te-como-todinha-e-nem-palito-os-dentes”, coisas assim.
Não vou nem falar das vendas de nossos produtos em camelôs: Super bala com a cara do Kid Hortelã; Barbeador da Garota Raspadinha, purgante do Incrível Hurgh, Inseticida do Papa – Aranha, etc. Num dá! Ninguém aceita nosso licenciamento porque temos duas identidades e só um CPF, e daí, dá nisso.
Mas nossos maiores pesadelos são quando temos de soltar frases de efeito em cima de um vilão sem tempo de decorar o diálogo: “Venha para cá, Capitão Mafagalfos, já encontrei seu esconderijo no ninho de Mafalgafihos onde você planejava Mafalgafanhar o mundo. Seus parceiros mafalgafeadores já se malfagafaram e irão ganhar mofo na cadeia ...” Já tentou falar isso rápido? É ridículo, ridículo... Além disso, até acabar de colocar a frase de efeito, o sujeito já sacou a arma, apontou cuidadosamente para meus cornos e mandou chumbo.
E esse papo de devolver o dinheiro que a gente achou eles roubando? Porra, você sai por ai espancando informantes para descobrir que o Barão Das Nuvens vai usar seu Zepelin para roubar o banco central da cidade. Você gasta uma grana indo de ônibus (Mora longe pois você não recebe salário, lembra?), almoça qualquer coisa na rua (pois não ganha tíquete refeição, lembra?), enquanto faz hora (e só sabe as horas por causa do relógio digital da esquina já que:
1- seu sala´raio é uma piada, e
2- ninguém pára pra conversar com um cara que usa cueca em cima da roupa, lembra?).
Daí chega o FDP, desce do Zepelin com 20 capangas, detona o teto do edifício e depois que uns quinze pedestres morrem, você sabe que é hora de entrar em ação (ou seja, dar uma cabeçada na porta do banco pra estapear testículos da bandidagem).
Toma tiro, facada, cuspe, safanão, tem a honra de sua progenitora ofendida e pra quê? Pro dono do banco agradecer sua bravura, te dar um aperto de mão e pedir para você não fazer um colar de orelhas em cima da porra do tapete persa dele? Porra!
Aí, no outro dia,você estoura seu limite do cheque especial o bundão do gerente faz o quê?
-Te dá uma grana?-Negativo!
-Te dá dez dias no cheque especial?-Nunca!
P-Troca a pemba do rótulo do cafesinho para você saber qual é dietético?-Há-na-na!
P-Te dá uma porra dum clipes para você grudar a cartilagem da bandidagem?
-NEM NEM NEM!!! Eh phoda....!
E os poderes e os nomes que inventam para a gente?Dr. Zein Struberg, por exemplo, o cientista louco que me criou, me deu uns poderes imbecis como “capacidade de saltos malabaristicos”. Cacete!!!! Sou a porra da Dayane dos Santos?
E o poder do “super-catarro verde”? Começo a beijar uma mina e ela fica toda melada por minha causa. No mal sentido. É uma porra, ou melhor, uma meleca.
Minhas fraquezas também são imbecis: fragilidade ao enfrentar coisas com cor azul... PQP, a merda é que sou daltônico!!!
Porra, porra, porra!!!
O Capitão Bardo, por exemplo, pode voar quando grita. Mas que merda é essa? Ele dá um gritinho, sobe uns dez metros, acaba o fôlego, cai. Toma um susto, grita, sobe mais uns trinta metros, acaba o folego, cai outra vez... e assim por diante. Para quem vê fica um io-io gigante:
-Oôoooooo...puf (zuuummm)..aaahhhoÔoooooo...puf arf arf-arrrrrrrr (zummmmmm)....oôooooooooOOOOOOOO... ah..hem...ZUUMMM - PLACT ZUM! Crash! (estamos na quinta versão do Capitão Bardo, por falar nisso).
Tudo bem, a gente enfrenta uns pequenos problemas de falta de clareza entre os membros da nossa organização. Às vezes um ou outro é filmado extorquindo dinheiro da bandidagem, ou dando uns petelecos em uns moleques bestas, mas isso são pequenos desvios de caracter. Já criamos uma comissão interna que vai investigar e punir com rigor seja lá quem for que fizer uma coisa assim. Vamos pedir transparência nestas investigações (já até cahmamos o homem invisível) e garantimos que essa baderna vai acabar ou não me chamo Capitão Capa. Bom, é verdade, eu não chamo, mas isso não me impede de ...ah, phoda-se, phoda-se!
Enfim, queremos que a merda da caceta da população se solidarize com a gente, porque tá do caralho essa merda toda!
Ou a gente ganha mais respeito ou vai começar a distribuir porrada de graças. Alias, a gente vai de qualquer jeito, mas pelo menos dai a gente vai ser mais seletivo nos alvos, tipo só espancar comunistas às segundas, extorquir comerciantes às terças, desmembrar escoteiros chatos nas quartas e advogados e cientistas loucos o resto do tempo, morou?
Agradecemos a atenção, nos desculpamos por quaisquer inconvenienteses ou desmembramentos ocasionados por nossa breve passagem e desejamos a todos uma boa noite.

Capitão Capa decola. Mais barulho e fumaça. Sobem os letreiros. Começa a novela.