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O Chinês Feliz

Blog sobre duvidas existencias como decidir quem come o último brigadeiro, como influenciar amigos e fazer pessoas e qual sabão em pó tem a propaganda mais pentelha. Patrocinado pela lavanderia do Chinês Feliz. Apoio FUNDAÇÃO LAO TSE TSE para o bem-estar de Lao Tsé Tsé.

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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Estória do mundo 4

capítulo 4: idade média
"A Terra é Redonda, mas está ficando cada vez mais chata..." (antiga cantiga medieval, redescoberta pelo Barão de Itararé).

Chegado é o momento em nossa mini-viagem virtual de estória, de falarmos de um retumbante momento estórico: a Idade Média! Também conhecida, posteriormente, por "Idade das Trevas", foi uma época cercada de religiões, heróis e heroínas, de reis, de princesas e de exércitos inimigos, cercando a moçada. A "Idade das Trevas" ganha este nome porque, por mau planejamento das autoridades de então, havia uma escassez enorme de hidroelétricas e o risco de um apagão era constante. É conhecida por alguns como a "adolescência da humanidade", motivo pela qual, acredita-se, as mulheres eram românticas, e os homens resmungões, mal-criados, psicopatas, meio porcos e sempre querendo o carro do pai.

Todo historiador sério acha importante conhecermos o período medieval. Eu, por exemplo, bombei a sétima serie só para poder saber duas vezes sobre ele: O que posso dize sobre isso é que eram períodos negros, então, com a vida humana sendo tratada com desprezo, crueldade e desdém, com perigos por toda parte, onde o convívio com pessoas semi-analfabetas era constante. Nesta época as pessoas eram avaliadas por suas posses e pelo mal-gosto. A falta de higiene era considerável e o tempo passa com imensa vagarosidade. Frustrante! Um novo mundo prestes a se abrir e você trancado numa droga de um lugarzinho fedorento, ao invés de sair livre traçando moçoilas. Este período também é conhecido pela incapacidade geral das pessoas pensarem e exercerem suas liberdades civis.
(Ainda bem que a oitava série foi mais animada!... )

Bem, voltemos a falar do período medieval, que também significa do sistema feudal cujos montantes de terra eram divididos em "Grandes Feudos", "Feudos Médios", "Pequenos Feudos" e “Feudos -Não Se Preocupe meu Bem, o Que Importa é o Desempenho". Eram a forma de organização política da época, sempre sob os auspícios (Blog do Chinês também é palavreado chique) da igreja. Era, obviamente, um pé no saco, pois na pratica, neguinho tinha de preencher guia em cinco vias e pagar lá no Banerj de Madureira (RJ), antes de ir de uma aldeia para outra.

Quem a tudo organizava a bagunça era "painho", chamado de Senhor Feudal, que, além de ter puxado muito saco real, era capaz de controlar sua população a mão de ferro. O Senhor feudal mais forte era chamado de Alto e Casto Monsenhor (ou ACM). Entre os seus direitos, estava o de passar a primeira noite com a vassala, na noite anterior ao de seu casamento. Isso, além de uma sacanagem, também era uma forma de mostrar aos seus súditos que eles iam se f... com o governo.

O Senhor Feudal tinha uma espécie de fixação, uma coisa dele, em mandar neguinho se ferrar em guerras idiotas. Eles falavam aos seus súditos e súditas que era para o bem deles, que não ia doer e nem nada, e daí dava aquela roubada toda.

Aliás, por falar em guerra, se havia um povo maluco por violência e morte eram os medievais. O arquétipo destas guerras impregnou-se nos genes e é liberado no transito de grandes cidades e nos jogos do "Curintcha". Guerreava-se por terras, por ódio, por posições na nobreza, por esporte, por motivos religiosos e por estar de TPM (Transtorno do período Medieval), que por sinal, acabava em sangue.

Uma famosa guerra foi a dos 100 anos, que duraram mais do que cem anos (acho que 127), mas os medievais eram burrinhos, mesmo, e, como não tinham mais do que dez dedos, perdiam a conta rapidinho. Além do mais, o marketing de um numero redondo é melhor, dá mais Ibope (é, já naquela época maquiavam-se as coisas)...

Também na Idade Média ocorreram as CRUZADAS. Eram demoradas, aborrecidas, inúteis e terminavam de forma cruel. Pelas mesmas características, batizou-se de PALAVRAS CRUZADAS aquela coisa pentelha que imprimem nos jornais de hoje, sempre acabando com uma coluna não se encaixando na linha correspondente.

Mas o que eram as cruzadas? Eram uma forma de ir encher o saco alheio com a desculpa de resgatar a terra santa. Para tornar agradável a idéia que ficar horas com a nádega grudada em um cavalo (puxando o saco de reis e nobres e tendo de ouvir menestréis tocando aquelas violinhas cacetes) revigorou-se a "Lenda do Rei Arthur", que buscava ao Santo Graal. O Santo Graal, diziam as lendas, tinha entrado em contato com Cristo por duas vezes e tinha poderes mágicos, como a de curar a todas as doenças, inclusive a dor de corno dos cavaleiros quando voltassem para suas damas após anos no exílio. A Terra Santa era o Graal dos medievais e para acabar com a doença que eram os crimes, Stallone Kobra foi chamado. Foi promovendo pilhagem e assassinato de milhões de bárbaros, no caso, mulçumanos, que as cruzadas se promoveram. Claro que os mulçumanos, que dominavam filosofia, astronomia, conheciam água encanada e banho, discordavam um pouco de quem eram os bárbaros, mas essa é outra estória. A única coisa boa das cruzadas foi a chamada "Cruzada das Crianças", que resultou em uma população de menos adultos imbecis, digno de um prêmio Darwin.

O melhor Prêmio Darwin (prêmio concedido a pessoas que morreram de forma estúpida, não deixando descendentes e contribuindo para a melhoria da espécie ao NÃO transmitirem seus genes), porém, foi para os que consideravam gatos coisas demoníacas e se recusavam a mantê-los, aumentando o numero de ratos e, portanto, a quantidade de transmissores da Peste Negra. Os gatos, que eram endeusados no Egito exatamente por comerem ratos e salvarem plantações, mereciam maior consideração!

Higiene Pessoal: na Idade Média? hehehehe! Banho? Nem pensar. Escovar o dente (o único que eles tinham)? Idem ! O modelo medieval de higiene era colocar a roupa de baixo do avesso.

Alimentação: era muito legal, neste período "estórico", almoçar ou jantar nos castelos. Muito legal se você fosse um cachorro, claro. Um cão podia roer ossos de galinha, podia comer restos de carne, dobradinha, rabada, buchada , big nac, e toda outra e qualquer comida que fosse considerada intragável ao paladar humano. Estas comidas eram jogadas para trás, literalmente, durante as refeições e os carpetes, depois de bem sujos, ao invés de serem lavados, eram jogados fora e incinerados. Os homens medievais, portanto, são os antecessores espirituais de todo homem solteiro contemporâneo.

Por falar em homens solteiros, seria de grande equívoco não citarmos o bastião, o motor do conhecimento e da vida das pessoas neste período: a Igreja Católica!!!

A Igreja Católica pregava a caridade e era tão ferrenha adepta da compreensão, que mandava matar quem não fosse compreensivo. Eram os católicos de então, ao contrario dos de hoje em dia, adeptos de todos os meios, mesmo que idiotas, para arrebanhar fiéis e aumentar a população, como, por exemplo, condenar a masturbação, a contracepção, o amor livre. Ela pregava o sexo no matrimonio com fins estreitamente procriativos (além do uso de desodorante para relações que não terminassem em desmaios) para que o rebanho crescesse. A sua palavra era lei e era de uma rigidez pentelha, mas pelo menos eles não tinham padres orelhudos em programas de auditórios, cantando salmos em cd e fazendo filmes de qualidade duvidosa, então. A assim chamada reforma protestante (iniciada por Calvino e por Lutero) também não resolveu os problemas da infelicidade humana, mas em compensação, ajudou a criar muitos problemas novos.

A idade média viu florescer as cidades, os assim chamados "burgos", onde os primeiros artesãos começaram a produzir artefatos. Nestas cidades surgiam, já, as primeiras universidades, onde o conhecimento humano ia sendo aprimorado. Como não havia cursinho, prestar vestibular era uma tarefa muito difícil, pois não tinha professor ensinando riminhas e a cola ainda não tinha sido inventada (Também não haviam aulas de história como esta, razão pela qual nem tudo estava perdido).

Houve o aumento do contato com o Oriente, de descobertas e aumento do rigor científico e de concepções monetárias e políticas que pregavam um estado mais unificado. Aumentou o comercio, um novo mundo foi descoberto (okay, os índios não acham que a coisa é bem assim), antigos valores discutidos e foi pro chão o modo de vida medieval, dando caminho para a renascença.

cenas do próximo capítulo:
Inquisidor Renascentista: - Você já leu o texto do Descartes?Jovem Cientista Esclarecido: - Eu não, mas o Gali LEU...! (ugh)