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O Chinês Feliz

Blog sobre duvidas existencias como decidir quem come o último brigadeiro, como influenciar amigos e fazer pessoas e qual sabão em pó tem a propaganda mais pentelha. Patrocinado pela lavanderia do Chinês Feliz. Apoio FUNDAÇÃO LAO TSE TSE para o bem-estar de Lao Tsé Tsé.

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quinta-feira, abril 20, 2006

MMMMMitologia parte 2

Enfim, iniciam-se os 12 trabalhos:

A lista dos 12 trabalhos, elaborada por Euristeu, era uma organização das tarefas mais difíceis que poderiam ser pensadas então. Euristeu, após uma manobra política de Hera se tornou rei devido a uma profecia, tarefa que, aparentemente, caberia a Heracles. Portanto, apesar de relações “rei/ súdito” não se pode dizer que ambos viviam assim, em lua de mel um com o outro. E o primeiro item da lista nada mais era do que caçar o Leão-de-chacara da Neméia.

1-O Leão-de-chácara: Vivendo entre duas florestas, mais especificamente em um templo de tolerância de culkto a deusa Afrodite (“A deusa do lampião vermelho”) na estrada entre elas, o Leão-de-chacara era conhecido como um cara durão, casca-grossa e violento, com uma pele invulneravel ao corte de armas mundanas. Para alguns, o sujeito era filho de deuses ou monstros terríveis, mas na verdade o segredo dele era desconhecido. Cabia a Heracles ir lá e arrancar a pele invulnerável do sujeito.
Chegando na região, encontrou um pobre lavrador que ia sacrificar um boi para os deuses. Ele se chamava Molorco e era pobre porque toda vez que tinha um boi, pato, ovelha ou cavalo, sacrificava para os deuses, a fim de prosperar na vida. Irmão, diziam os sarcedotes, Zeus QUER sua prosperidade, e você fica feliz? Sim, respondia o sujeito. Então aonde está sua gratidão? Doa o boi que ganhou pra Zeus, faz um churrasco e chama a gente. O dinheiro que ia usar para comprar uma ovelha, doa pra cá pro templo e Zeus vai te recompensar, irmão (os sarcedotes destes templos, dizem, se chamavam de irmão e irmã, porque tinham certa dificuldade em saber quem eram seus pais de verdade, já que suas mães eram todas trabalhadoras do templo de Afrodite da região).
Heracles propôs ao Molorco um negocião. Ao invés de sacrificar o boi aquele dia, poruqe não esperava mais uns dias e sacrificava o animal depois. Assim, se Heracles voltasse com sucesso da caçada, a oferenda seria a Zeus. Se Heracles morresse, o boi seria uma oferenda mortuária pra o próprio Heracles, segundo suas próprias palavras “um herói que então desapareceria para a imortalidade.
Molorco chegou a pensar, seriamente, em chamar Heracles de folgado, mas não seria sábio chegar ao Olimpo impulsionado por uma porretada, e concordou com o folgadão.
Heracles partiu em sua jornada levando arco, flechas e sua clava sofista (toda vez que perguntava a alguém, quando a segurava, se ele tinha um ar inteligente, as pessoas respondiam que sim).
Demorou um pouco para cruzar com o tal Leão de chácara, mas quando isto finalmente ocorreu, Heracles lançou uma flecha atrás da outra em seu alvo. Claro que não deu em nada, além de emputecer o adversário, mas ninguém pode dizer que ele não tentou.
Quando o valetão chegou para pedir satisfações pela palhaçada levou uma porretada na cabeça e desmaiou. Cabia a Heracles descobrir qual o segredo do sucesso de pele tão dura. Semi-analfabeto demorou o resto do dia para ler nas roupas do tecido F-E-I-T-O-C-O-M-M-E-I-A-S-V-I-V-A-R-I-N-A.. Heracles nunca entendeu aquilo, mas teve uma ideia, usar a faca que o sujeito carregava, escrito “G-U-I-N-S-U” e deu certo. Heracles se mandou feliz da vida.
Aí, voltou ao sitio de Molorco, que não teve escolha a não ser preparar um sacrifício e um banquete a Zeus, em homenagem a Heracles. Pediu ao fortão que dormisse no estábulo após a comilança, e as poucas ovelhas de Molorco ainda não sacrificadas mancam até hoje.