.comment-link {margin-left:.6em;}

O Chinês Feliz

Blog sobre duvidas existencias como decidir quem come o último brigadeiro, como influenciar amigos e fazer pessoas e qual sabão em pó tem a propaganda mais pentelha. Patrocinado pela lavanderia do Chinês Feliz. Apoio FUNDAÇÃO LAO TSE TSE para o bem-estar de Lao Tsé Tsé.

Nome:
Local: Rio de Janeiro, Brazil

sexta-feira, abril 28, 2006

O Livro Ecológico do Chinês Feliz

Como dilia Almil Klinque, “Um pingüim só não faz verão. Alias um bando deles também não, porque onde eles moram faz frio pra caralho!”. Honolavel Lao Tse Tse concolda com ele, apesar de se pleocupá seliamente com a vida sexual do moço.
Sabem, humildes leitoles, o ma r num ta pla peixe, está mais pala pesadoles japoneses chatos e implicantes. Tendo o devê cívico de botá comida na mesa pala amados filhos (pol pula insistência do juiz), e tendo sido despossuido de lentavel e honesto tlabalho de glavá filmes em polão de lavandelia, esclevo uma vez mais, na espelança que alma calidosa publique o livlo com a sabedolia completa do Chinês Feliz, uma monumental obla de 4 páginas repletas de figulas.
Anyway (quem sabe uma editola estlangeila assim se intelessa), lesolvi explicar a vocês hoje um pouco mais de ecologia.
Ecologia é uma coisa que inventalam pala ploibir chinês de usar desodolante de aelozol (mau karma), mas também selve pla ploibi honjolavel ex-esposa de tolal a foltuna que pago a ela em casaco de pele de Mink (compla casacos deste tipo fazem fulo na camada de ozônio de conta colente de Lao Tse Tse).
Ecologia também selve pala impedir que japonesews gananciosos e fedendo a peixe (como se tivessem outlos, hahaha, Chinês feliz é uma comédia), de podelem caçar baleias. Isto é bom Karma, pois além de deixar japas fulos, ajudam as baleias a vendelem camisetas do Gleen Pice.
E é bom que ajam baleias, que pala quem não sabe são glandes peixes (glandes mesmo) que pensam que são mamifelos, e comem toneladas de oultos peixes, o que deixam japoneses pescadoles mais putos da vida e amigável chinas contentes e pimpões.
Antigamente as baleias elam caçadas pala telem seu óleo usado em lampiões em todo mundo, o que agladava as pessoas mas deixava as baleias um pouco chateadas. Elas ficavam um pouco anti-sociais e afundavam um barco cheio de pobles espilitos aventuleilos que iam almados de simples alpões, canhões, polvola e absoluta falta noção, enquanto as nocivas balieas se almavam do soldido leculso de dar cabeçadas nos balcos. Apesar disso, sabe-se lá como, os baleeiros levavam a melhor e não se extinguilam.
Ouitla ação de depleendimento aventuleilo elam os safalis na Aflica, que é uma espécie de continente cheio de pessoas que mtambém estão sendo instintas, mas que não podem levida com cabeçadas.
Os safális elam muito usados pol cineastas amelicanos quando queliam faze filmes valolizando a macheza daquele povo, enflentando leões felozes poltando apenas espingafinhas calible 50 e com inumelos figulantes alficanos pala molelem em plol do glande homem blanco (nem tão glande assim, diliam algumas decepcionadas aflicanas).
Alias, um animal em constante peligo de extinção é conhecido como “dono de Lavandelia Domésticos”, que, além de ter seu coulo letilado pol sua pledadola natulal (ex-esposa Rex), ele ainda tem de suar pala paga suaves plestações de casaco mink que ela que compla. Façam campanha e depositem dinheilos na minbha conta.
De qualque modo, quando se ablaça a causa da ecologia e não vai vende apenas camisetas deBaleia, é impoltante entende uma selie de coisas como cadeia alimentar (Macdonalds, pol exemplo), Evolução (tipo, ecolas de samba) e biologia molecular (sei lá que póla é essa).
Glato pol sua atenção.
Lao Tse Tse, o Chinês Feliz

terça-feira, abril 25, 2006

Pequeno Discurso Sobre a Voracidade

"...Sedento de sangue percorri a calada da noite. Na minha forma negra poucos são os que me encontram nas trevas. Todo "chupador" (termo pejorativo que não reflete nossa real nobreza) como eu sabe que o sangue só é bom se não estiver coagulado, e que o+ é melhor pois evita problemas com gases, mas em tempos como o nosso, todo cuidado é pouco.
Entrei para esta vida por motivos familiares. Hereditários, diriam alguns. Minha mãe já tinha a mesma sede que eu, mas, por razões de sobrevivência em sociedade, sustentava seu "vício" sempre de forma bastante discreta. Meu estilo é um pouco mais agressivo, arriscando vitimas mais apetitosas, apesar de perigoso, certo de minha habilidade em evitar confrontos desnecessários e desgastantes.

No entanto, sempre gosto de deixar os corpos de minhas vitimas com minha marca. Nós podemos considerar os simples humanos como nosso gado, suportável apenas por nossas necessidades básicas. E eles o são, acredite, pouco mais que gado. Vacas mal-cheirosas e suadas, incapazes de atingirem-nos debaixo de sua insignificância. Alguns de nós tombaram (...) em suas caçadas por sangue, como seria de se esperar, mas de maneira geral ainda somos um grupo bastante decidido. Ainda estamos um grau acima na cadeia alimentar. Ainda somos ferozes predadores.
Mas a sede de sangue que nos torna tão especiais também é nossa fraqueza. Aguardamos com paciência, este é nosso método. Aguardamos nossas "vacas" sempre ficarem desacompanhadas e então, só então, agimos. Claro que os mais jovens já promoveram inúmeros atos insensato, resultando por vezes, em mortes (...) e capturas realmente estúpidas, mas de modo geral sabemos agir com descrição.
Um dia, quem sabe, estaremos fortes o suficiente para mandar sobre o mundo de forma mais definitiva, mas até lá a descrição será nosso objetivo.
E, até lá, que todo o sangue que jorrar não seja desperdiçado, mas sorvido com gosto e voracidade. Nosso dia chegará!..."

(Trecho do livro "Memórias de um Pernilongo Egocêntrico" - Zzzt Bzizi - Editora Cupim e Associados)

Nos tempos do Tape-Record

Gravar fita cassete é uma arte que, temo, em breve será esquecida.Com o advento do mp3 e dos gravadores de cd, a boa e velha fitinha pode cair, dia desses, no mais obscuro dos esquecimentos.

Assim como a Luma de Oliveira e o disco de vinil, a fitinha já viu dias melhores e de mais popularidade em sua existência, sem precisar fingir gravidez para ter 5 minutos de fama (falo aqui da k-7, evidentemente). Uma fita era uma espécie de cartão de visitas da pessoa. Definia quem ela era, o que fazia, o que gostava, se era arrojado, moderno, brega, romântico, qual seu tipo de noite ideal, seu carro predileto, sem era um virgem tentando botar banca ou se era o rei do pedaço. Uma fita era o melhor cartão de visitas que havia e falava mais de você que seu irmão caçula quando levava uma namorada nova em casa (com a desvantagem que ela era insubornável com uma revista com a Luma de Oliveira).
Sim, meus caros leitores, os mais jovens dentre vocês podem não se recordar (trocadilho idiota) mas houve uma época sem MTV, sem tevê a cabo, sem celular e sem CD. Era uma época que o Michael Jacson era era negro, a Cindy Laupper era o máximo e video-cassete não era mais do que um artigo de luxo. Os temíveis anos 80.Sim, a fita era a alma dos jovens de então. Diferente do estéril (nos dois sentidos) Cê-Dê, uma fita representava você para o mundo.

Quando queria namorar uma garota de nada adiantava levar atestado médico e certidão negativa. De nada servia seu pai dar boas recomendações por telefone à família da moça ou seus professores escreverem uma carta de recomendação, nem mesmo o padre da igreja dedicar uma missa em homenagem ao seu bom coração. Você, se queria autorização dos pais de alguém para leva-la a algum lugar tinha de fazer uma fita de 60 minutos (90 em casos de maior desconfiança) gravando tudo aquilo que musicalmente te representava, e entregar para os pais do alvo de sua afeição.
Assim o carácter das pessoas era julgado pela forma como misturava musicalidades diferentes como Elba Ramalho e Dead Kennedys (revelava rebeldia e gosto pelas coisas simples, bem simples), pela destribuição harmônica de três ou quatro músicas de Chico Buarque (mostrava como você era intelectualizado sem ser esnobe), um tango (respeito a valores tradicionais) e mesmo uma versão remixada de Fuscão Preto (dizia “Olha só, tenho bom humor e vou saber divertir sua filha”). A fita devia ser entregue pelo menos na véspera do encontro, pelo correio ou pessoalmente, nas mãos do pai ou responsável pela criatura.
O coração e a boa vontade dos pais podiam ser ganhas ou perdidas neste crucial momento, mas o resultado você só saberia no dia seguinte :

-“Olha, achamos que você é um rapaz responsável, já que utilizou musica clássica, mas um tanto impetuoso, pela sua escolha de Bethoven. No entanto, a sua gravação de Gershin nos tocou e resolvemos te dar uma chance com nossa filha. Toma mais vintão para o motel, heim?”.

Ou:

-“Olha, ficamos na dúvida porque você escolheu, “Geração Coca-Cola”, no início do Lado B ...?-
- “Bom, “ respondíamos na maior sinceridade fingida –“ O fato é que me desagrada esta realidade torpe, o senhor há de entender, que segrega a juventude como uma fonte puramente consumista, sem ideais, e sem rótulos...Gostou?”
-“Huuuummmmmm..._” Ruminaria seu candidato a sogro -” não entendia musica assim, achei que era uma mensagem contra o alcolismo... Desculpe, mas a Celma Lúcia não está passando bem e vai ficar em casa hoje! Ela é moça de família seu depravado comunista. “. E era o fim.

Mesmo quando queria impressionar novos amigos, saber escolher a fita certa era algo imprescindível: Nunca tocar AC/DC para pessoas que conheceu no grupo jovem, por exemplo, nem Madonna para aqueles amigos que gostavam de espetar alfinetes na cara, e menos ainda “Balão Mágico” para aquelas meninas novas da sala. Queimar o filme era muito fácil e muito fino equilíbrio havia entre ser “Cool” e um CÚ (desculpem o palavreado chulo, mas assim me faço entender melhor).

O Auge do orgasmo era um rádio toca-fitas com duas entradas de fitas, assim podíamos fazer as mais pecaminosas das combinações sonoras e mostrar todo o nosso potencial maníaco-obssessivo com músicas milimetricamente medidas e cronometradas. A gente, antes de gravar, tinha de puxar a fita transparente até o início da fita marrom, deixando a coisa pronta para iniciar a gravação instantaneamente (muitos namoros foram desfeitos por causa de erros primários como 5 segundos de espera a mais em uma gravação “BASF” de dia dos namorados), precisão no fim de uma música e início de outra (Mais de ½ segundo para se ligar que acabou, e menos de 3 segundos, para dar a impressão de que você era um expert na arte da gravação).

Também as músicas tinham de caber EXATAMENTE nos lados de 30 ou 45 minutos. Nada de ficar com espaço sobrando, não apenas pelas razões acima citadas, causadoras de certo desconforto no ouvinte, mas também pelo tempo de ócio criativo que nossas namoradas podiam ter: “Nossa, esse silêncio do fim da fita do Serginho ta demorando para acabar... vou fazer alguma coisa enquanto espero... Já sei, ligar pro Valtão, e ...quem sabe...dar para ele? Boa idéia”...

A fita acabava, mas a doce Celma Lúcia não estava mais lá sentadinha no quarto rosa dela, ouvindo sua declaração musical de amor, contrabandeada pelo irmão caçula. Estava, nessa altura, após ter esperado intermináveis 10 segundos de silêncio, ido ao quarto dos pais para telefonar para outro cara mais atencioso com o tempo dela. Na hora que tocasse a romântica “Geórgia” com o Ray Charles, a vagabunda ia estar batendo um fio animada com o Valtão no quarto dos pais e combinando de ir ver o aparelho de CD que ele tinha ganho. Ela não podia ouvir sua fita, a vagabunda.
Terrível, terrível realmente!

segunda-feira, abril 24, 2006

A Boca Segundo Boccage:

Era uma noite fria e chuvosa (tirei este inicio do Snoopy).

Lady Shearfan despiu-se no comodo de seu quarto, localizado em seu
castelo.
Ela estava toda arrepiada, temerosa do que ia fazer a seguir. Mas
Lord Phonkenstein havia pedido isso a ela e se ele queria fazer isso na hora
da relação, na intimidade, ela daria isso a ele.

Com um misto de curiosidade e excitação aproximou-se do seu destino.
Mordiscou seus próprios os lábios e colocou-o e abocanhou com vontade,
espantando-se de sua própria ousadia e apercebendo-se de como ele era
rigido. A textura era mais delicada do que supunha, mas era bom senti-la em
sua umida. Sentiu com a língua sua delicadeza e dando suspiros de prazer,
iniciou o vai-e-vem.

Agora se recordava das histórias que havia ouvido sobre o Lorde, e
de como havia ficado curiosa sobre seus estranhos habitos para fazer amor. A
primeira vez que o havia visto em um momento de intimidade, ficara até
ruborizada de se imaginar com ele, dividindo seu bem mais precioso. Agora
tinha-o nas mãos e ele a oferecia com satisfação.

Lord Phonkenstein olhava para ela fazendo o que havia pedido,
sentindo-se estimulado e viril. Ia dando instruções a ela conforme sua amada
realizada tão delicada operação:
-Hum, isso.... passa na lingua, sinta por toda sua boca... assim...
não não morda...hummm...adoro ver você fazer isso! oohhhh...

Sua amada respondia com volupia e soltava grunhidos e gemidos de
prazer. Nunca havia se imaginado fazendo algo tão louco. O gosto em sua boca
era estranho, mas era excitante ver uma tara tão incomum em seu amante.
Aprendeu rapidamente a tirar todo o sabor da situação, curtindo
deliciosamente cada momento. quando o liquido branco finalmente jorrou de
sua boca, ouviu seu amado pedindo que ela tirasse da boca, e segurasse
delicadamente com a mão, enquanto a puxava para perto de seu rosto e a
beijava com amor.

Nem em seus sonhos mais loucos supôs que Lady Shaerfan fosse
concordar com o que pedia. Ela parecia tão pouco disposta a uma coisa
dessas. O beijo foi tórrido e amoroso. Pediu, gentimente, que ela repetisse
a operação em todos os seus encontros, no que ela concordou, alegremente,
feliz por ter dado aquele prazer ao seu amor. Disse ainda que uma vez que
ela tinha posto a boca, seria eternamente dela.

A primeira escova de dentes a gente nunca esquece!

quinta-feira, abril 20, 2006

MMMMMitologia parte 2

Enfim, iniciam-se os 12 trabalhos:

A lista dos 12 trabalhos, elaborada por Euristeu, era uma organização das tarefas mais difíceis que poderiam ser pensadas então. Euristeu, após uma manobra política de Hera se tornou rei devido a uma profecia, tarefa que, aparentemente, caberia a Heracles. Portanto, apesar de relações “rei/ súdito” não se pode dizer que ambos viviam assim, em lua de mel um com o outro. E o primeiro item da lista nada mais era do que caçar o Leão-de-chacara da Neméia.

1-O Leão-de-chácara: Vivendo entre duas florestas, mais especificamente em um templo de tolerância de culkto a deusa Afrodite (“A deusa do lampião vermelho”) na estrada entre elas, o Leão-de-chacara era conhecido como um cara durão, casca-grossa e violento, com uma pele invulneravel ao corte de armas mundanas. Para alguns, o sujeito era filho de deuses ou monstros terríveis, mas na verdade o segredo dele era desconhecido. Cabia a Heracles ir lá e arrancar a pele invulnerável do sujeito.
Chegando na região, encontrou um pobre lavrador que ia sacrificar um boi para os deuses. Ele se chamava Molorco e era pobre porque toda vez que tinha um boi, pato, ovelha ou cavalo, sacrificava para os deuses, a fim de prosperar na vida. Irmão, diziam os sarcedotes, Zeus QUER sua prosperidade, e você fica feliz? Sim, respondia o sujeito. Então aonde está sua gratidão? Doa o boi que ganhou pra Zeus, faz um churrasco e chama a gente. O dinheiro que ia usar para comprar uma ovelha, doa pra cá pro templo e Zeus vai te recompensar, irmão (os sarcedotes destes templos, dizem, se chamavam de irmão e irmã, porque tinham certa dificuldade em saber quem eram seus pais de verdade, já que suas mães eram todas trabalhadoras do templo de Afrodite da região).
Heracles propôs ao Molorco um negocião. Ao invés de sacrificar o boi aquele dia, poruqe não esperava mais uns dias e sacrificava o animal depois. Assim, se Heracles voltasse com sucesso da caçada, a oferenda seria a Zeus. Se Heracles morresse, o boi seria uma oferenda mortuária pra o próprio Heracles, segundo suas próprias palavras “um herói que então desapareceria para a imortalidade.
Molorco chegou a pensar, seriamente, em chamar Heracles de folgado, mas não seria sábio chegar ao Olimpo impulsionado por uma porretada, e concordou com o folgadão.
Heracles partiu em sua jornada levando arco, flechas e sua clava sofista (toda vez que perguntava a alguém, quando a segurava, se ele tinha um ar inteligente, as pessoas respondiam que sim).
Demorou um pouco para cruzar com o tal Leão de chácara, mas quando isto finalmente ocorreu, Heracles lançou uma flecha atrás da outra em seu alvo. Claro que não deu em nada, além de emputecer o adversário, mas ninguém pode dizer que ele não tentou.
Quando o valetão chegou para pedir satisfações pela palhaçada levou uma porretada na cabeça e desmaiou. Cabia a Heracles descobrir qual o segredo do sucesso de pele tão dura. Semi-analfabeto demorou o resto do dia para ler nas roupas do tecido F-E-I-T-O-C-O-M-M-E-I-A-S-V-I-V-A-R-I-N-A.. Heracles nunca entendeu aquilo, mas teve uma ideia, usar a faca que o sujeito carregava, escrito “G-U-I-N-S-U” e deu certo. Heracles se mandou feliz da vida.
Aí, voltou ao sitio de Molorco, que não teve escolha a não ser preparar um sacrifício e um banquete a Zeus, em homenagem a Heracles. Pediu ao fortão que dormisse no estábulo após a comilança, e as poucas ovelhas de Molorco ainda não sacrificadas mancam até hoje.

quarta-feira, abril 05, 2006

Diga “33”

Para alguns que, diferentemente de mim, “crêem”, chegar na idade de Cristo pode ter significados diversos, mas para mim é apenas curioso. Longe, obviamente, de querer me comparar a um Messias e uma figura que, historicamente está envolta de tantos significados, ter 33 tem um significado curioso quando penso sobre o assunto.
É a idade que meu pai completou no ano de meu nascimento, em 1973, o que já daria alguns motivos um tanto freudianos para se pensar a respeito, por exemplo, também, além de ser um numero dobrado, o que possivelmente algum numerologo de plantão pudesse extrair significados ocultos.
Mas para além de números e significados ocultos, é a primeira vez, em todos estes anos, que, paradoxalmente, fazer aniversário menos significa para mim. A idade, sim, significa, mas o aniversário em si, não. Aos 10 estamos iniciando nosso primeiro aniversario expresso com mais de um numero, aos 12 ou 13 o inicio do que nos espera “oficialmente” como adolescência, aos 15, dizem, atingimos já a mesma capacidade intelectual, ainda que não de experiência acumulada, que teremos no restante da vida (paras falar a verdade vi isso em um filme do Silvester Stallone, de modo que podem ignorar isso como fonte fidedigna). Aos 18 carta, exercito e consumo de bebidas alcolicas legalizado, quer nos preocupemos com isso de fato, quer não. Aos 21 eramos considerados “plenamente responsáveis”, aos 30 viramos “balzaquianos” ou equivalente. Dizem (um dia saberei) que alguma coisa me espera no gênero aos 40. E por ai vai.
Mesmo anos sem números “significativos”, cada aniversário, até o ano passado, tinha algum significado especial, como um ano que mudava de cidade, ou completaria faculdade ou nasceria um filho (coisa que alias, vai ocorrer este ano).
Porém, acho que a idade nos torna um pouco mais tranquilos, talvez. Não que as pequenas e as grandes coisas não signifiquem, e muito, ainda, na vida da gente. Apenas que pela primeira vez na vida entendo, de fato, que estar vivo torna a todos e a tudo especial, e portanto, a nada e a ninguém. Envelhecer não significa obrigatoriedade em estarmos mais sábios (nem, esperemos, mais idiotas, como as vezes acontece). Não significa abandono dos sonhos que não realizamos (por exemplo, já dançou meu desejo de ser o primeiro astronauta brasileiro), pueris ou não.
Apenas, e de uma forma muito estranha, “estarmos”. Não tenho especial vinculo com o budismo, por razões que não vem ao caso, mas entendo pela primeira vez, o que algumas pessoas mais entendedoras que eu de pensamento oriental querem dizer com “ZEN”.
Talvez não tão Zen com o fato de estar zen, ja que escrevo este pequeno texto, mas zen quanto a tudo o mais. Não ausência de preocupações, não serenidade quanto aos “inimigos”, mas sereno com relação ao fato de que, realmente, algumas coisas não poderão ser mudadas e, apesar disso, não poderia ser diferente tentar modifica-las.
Talvez meus 34 sejam mais conturbados, talvez encontre a semana que vem ou amanha, depois de terminar este texto, a boa e velha irritação carcamana a qual tenho direito por herança.
Mas me sinto no meio de algo. Não algo místico, entenda seja você quem for que leia isto aqui. Apenas no meio. Sentado em um galho, com um tigre acima e outro abaixo, mas saboreando o morango.
Bom ano a todos.